Evento multidisciplinar promove programação gratuita sobre cultura, empreendedorismo, política e arte, com foco na comunidade LGBTQIA+
São Paulo, 3 de setembro de 2025 – A Nhaí!, startup de soluções de promoção de diversidade para empresas, anuncia a 10ª edição do Pink Economy Experience (PEEx) – um festival multidisciplinar que celebra a força da comunidade LGBTQIA+ como motor de transformação social, cultural, política e econômica. O evento acontece no dia 8 de setembro, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) – espaço emblemático que simboliza o encontro entre tradição e futuro, arte e economia – com entrada gratuita e patrocínio do Banco do Brasil e do Sebrae.
Evolução do Contaí Summit, iniciativa que, desde 2021, já reuniu mais de 2 mil empreendedores LGBTQIA+, o PEEx chega em 2025 ainda mais robusto, trazendo a proposta de conectar diferentes perspectivas para debater representatividade e inovação. O tema escolhido para 2025 foi “Projetos LBGTQIA+”, uma abordagem que amplia o olhar sobre a comunidade ao propor que projetos não se limitem ao conceito tradicional de negócios, mas sejam entendidos como expressões múltiplas da existência LGBTQIA+. “São iniciativas que atravessam a vida cotidiana, o corpo, a arte, a política, os afetos e as narrativas que reinventam o futuro. Queremos mostrar que cada trajetória pessoal, cada gesto de resistência ou de criação cultural, pode ser lido como um projeto em si e ter uma potência para ressignificar espaços na sociedade”, afirma Raquel Virgínia, idealizadora do PEEx e CEO da Nhaí!.
Os painéis cobrem áreas como empreendedorismo, cultura, política, mundo corporativo e arte, mostrando a força da interdisciplinaridade como caminho para a construção de futuros mais inclusivos e sustentáveis. Para ampliar ainda mais essa experiência, entre as trocas de painéis haverá performances de artistas LGBTQIA+, que trarão diferentes linguagens e expressões culturais com os temas propostos.
A programação foi desenhada para refletir essa pluralidade. O dia começa com um painel sobre empreendedorismo, que apresenta os resultados de uma pesquisa nacional sobre o tema no universo LGBTQIA+, com participação de lideranças da Almap, Nhaí!, Sebrae (patrocinador) e Pacto Global da ONU. Em seguida, o foco se volta para a Cultura, com o debate “Atuações Trans: oportunidades no mundo da atuação no Brasil”, que traz nomes como Bixarte, Gabriela Loran e Renata Carvalho, com mediação de Mariana Ximenes.
À tarde, a discussão vai para o campo da Política, no painel “Congresso Nacional, Governo Federal e Judiciário: qual nosso projeto na praça dos Três Poderes?”, que conta com a presença de congressistas LGBTQIAPN+ e da ministra do Tribunal Superior Eleitoral Edilene Lobo, refletindo sobre a urgência de um projeto político efetivo para a comunidade. O ciclo segue com o debate Corporativo no painel “O privado tem obrigação com o público LGBTQIA+?”, explorando a relação entre mundo empresarial, responsabilidade social e compromissos de diversidade, e, para encerrar, o festival mergulha na Arte, com o painel “Que som é esse?”, dedicado à cena musical LGBTQIA+, seus públicos e dinâmicas de circulação, trazendo o artista Johnny Hooker para a conversa.
Essa integração entre diferentes eixos evidencia a proposta central do PEEx: ser um espaço de diálogo interdisciplinar, onde cultura, política, economia e arte se entrelaçam para fortalecer a representatividade e apontar caminhos de transformação.
“Queremos continuar criando e impulsionando espaços onde pessoas LGBTQIA+ e aliados possam se conectar, trocar experiências e construir soluções para um futuro mais inclusivo e próspero. O Pink Economy Experience nasceu como resposta a essa ambição e, nesta nova versão, traz de forma ainda mais forte nosso propósito de mostrar que diversidade e representatividade vão além do social – são também pilares de cultura, política e economia”, conta Raquel Virgínia.
O poder da Economia Criativa
Uma pesquisa da Associação Internacional Out Now Leadership apontou que o chamado Pink Money movimenta até 7% do PIB brasileiro – mais de R$ 419 bilhões por ano. Só no consumo direto, famílias LGBTQIA+ representam R$ 10,9 bilhões anuais, equivalentes a 5,5% do consumo nacional.
Além disso, mais da metade da comunidade LGBTQIA+ brasileira está envolvida com empreendedorismo. Uma pesquisa recente realizada pelo patrocinador Sebrae revelou que cerca de 55% da comunidade empreende ou tem potencial empreendedor, vendo no próprio negócio um caminho para autonomia financeira, emancipação, autoafirmação e resistência.
Atualmente, estima-se que 3,7 milhões de pessoas LGBTQIA+ já lideram negócios no país, representando 24% dos brasileiros com 16 anos ou mais que se identificam como integrantes desse público. Outros 11% estão envolvidos na criação de uma empresa e 20% têm intenção de abrir um negócio nos próximos três anos.
O estudo também mostra que cerca de 4 em cada 10 pessoas da comunidade consideram que sua identidade de gênero ou orientação sexual influenciou na decisão de empreender. Entre os principais motivadores, estão independência, controle sobre o ambiente de trabalho e melhores condições financeiras. A pesquisa ainda aponta que o empreendedorismo tem impacto na comunidade, inspirando e fortalecendo a identidade e o orgulho pessoal.
Os setores mais atraentes incluem Entretenimento e Cultura, com 14% dos empreendedores LGBTQIA+ atuando nessa área, em comparação a apenas 2% entre pessoas não LGBTQIA+.
Apesar dos avanços, barreiras como custos financeiros, burocracia e dificuldade de formalização – incluindo o uso do nome social em documentos oficiais e registros administrativos – ainda impactam o sucesso dos negócios. Além disso, 57% das pessoas LGBTQIA+ acreditam que seu negócio tem chances de sucesso, contra 66% das pessoas não LGBTQIA+, mostrando desafios adicionais de percepção e confiança no mercado.
Neste cenário, os patrocinadores Banco do Brasil e Sebrae reforçam seu compromisso com a diversidade e o fortalecimento da economia criativa. Como uma das principais instituições financeiras do país, o Banco do Brasil, patrocinador do evento, apoia o desenvolvimento econômico em diferentes frentes e vê na pluralidade um motor de crescimento, inovação e prosperidade coletiva. Já o Sebrae, também patrocinador do evento e referência em capacitação e incentivo ao empreendedorismo, fortalece os pequenos negócios e dá visibilidade a iniciativas de empreendedores LGBTQIA+ e outros grupos sub-representados, que muitas vezes encontram no empreendedorismo uma alternativa diante das dificuldades do mercado formal de trabalho.
A 10ª edição do Pink Economy Experience (PEEx) é totalmente gratuita, e os ingressos devem ser retirados antecipadamente pela plataforma Sympla.
Serviço
Local: MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, Av. Paulista, 1578 – São Paulo/SP
Data: 8 de setembro de 2025
Horário: das 10h às 20h
Entrada gratuita
Ingressos disponíveis em: Sympla